sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Árvores antigas são motivo de preocupação para Secretaria de Meio Ambiente


Publicado em 05/12/2012, às 18h36
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Última atualização em 05/12/2012, às 18h36
Gabriel Borges

Antigas: Árvores do Laranjal têm, em média, entre 50 e 60 anos de idade
Volta Redonda

As fortes chuvas típicas do período de primavera e verão causam não apenas alagamentos e deslizamentos, mas também a queda de árvores e galhos que podem interromper o fornecimento de energia e causar acidentes, entre outros transtornos.



Em Volta Redonda, o bairro Laranjal registrou mais uma queda de árvore no último temporal, no domingo (02). O espaço é uma das áreas residenciais que contam com árvores de grande porte, como o flamboyant e a acácia, que podem alcançar aproximadamente 30 metros de altura e um tronco que pode ultrapassar a metade da altura total da árvore em sua circunferência.

Segundo o secretário de Meio Ambiente de Volta Redonda, Carlos Amaro Chicarino de Carvalho, o bairro é caracterizado por ter uma árvore para cada residência.

- Possuímos projetos de revitalização de arborização urbana, que buscam analisar as condições estruturais e a verificação da situação de risco de uma determinada árvore, para que problemas como quedas acidentais sejam antecipados - disse.

De acordo com o engenheiro florestal da Secretaria do Meio Ambiente, Evandro da Silva Batista, a arborização de algumas áreas acompanhou o processo de urbanização do município.
- No início, as casas do Laranjal seguiam o estilo das residências americanas, já que elas não possuíam muros e calçadas. Essa situação favorecia o crescimento das espécies arbóreas - contou.

Plantadas em sua maioria entre as décadas de 1950 e 1960, as árvores do bairro estão chegando ao fim do ciclo de vida - a exemplo de boa parte da arborização do município, que é antiga.
- Com o crescimento e a edificação dos prédios, as árvores ficaram confinadas em calçadas cimentadas. Além disso, os fortes ventos que estão sendo registrados e a idade avançada das árvores resultam nas constantes quedas e galhos e troncos - ressaltou.

Alguns erros foram cometidos em relação aos procedimentos técnicos na época do plantio, que não previram o crescimento em longo prazo da área residencial.

- Muitos acertos foram feitos, principalmente com a preocupação em relação à qualidade do ar, além de amenizar os problemas climáticos e facilitar a vida dos moradores - ressaltou.

Evandro acrescenta que espécies de grande porte não podem ser plantadas em calçadas, devendo ser fixadas em lugares espaçosos, como praças.

- Plantamos aproximadamente este ano 235.000 mil mudas, todas distribuídas em áreas abertas e desmatadas, como no bairro Roma II, visando o crescimento saudável das espécies - frisou.

Preocupação com as podas

O engenheiro ressalta que as podas são de extrema importância na qualidade da estrutura das árvores.

- Qualquer poda de galho que aconteça em área particular deve possuir uma vistoria da Secretaria do Meio Ambiente, para que profissionais capacitados verifiquem as condições das espécies e acidentes sejam evitados. Além disso, podas inadequadas podem servir para a entrada de patógenos que enfraquecem as árvores - disse.

Já em áreas públicas, as podas e retiradas são feitas pela Secretaria de Serviços Públicos, que trabalha durante o ano realizando atividades para reduzir problemas nessa época.

- Hoje não temos condições de antecipar a queda de uma árvore, pois são inúmeros fatores que colaboram para o fato, já que podas inadequadas e ataque de pragas podem ser elementos importantes para o acidente - relatou.

Evandro alerta, ainda, que um simples móvel infestado por cupins pode resultar no ataque dos insetos à arvore.

- Geralmente os cupins passam dos móveis das residências para as árvores, e não o contrário - explicou.





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