quarta-feira, 10 de abril de 2013

CSN ainda deve R$ 16 milhões de compromisso ambiental


Verba será destinada às ações de recuperação do Paraíba do Sul

EMANUEL ALENCAR
Publicado:
10/04/13 - 5h00
Atualizado:
10/04/13 - 5h00

Um plástico é colocado no solo de uma praça do Condomínio Volta Grande IV, vizinho à Companhia Siderúrgica Nacional, para evitar a contaminação de moradores Gustavo Stephan / Agência O Globo
RIO - A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda, ainda deve R$ 16 milhões de um compromisso ambiental firmado em junho de 2011 com o governo do estado. De acordo com o secretário do Ambiente, Carlos Minc, metade do valor deve ser destinado à recuperação da mata ciliar e à reintrodução de peixes no Rio Paraíba do Sul. A outra metade seria aplicada na regularização fundiária das margens do rio que abastece a Região Metropolitana.
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— Era para eles terem depositado há oito meses. Nos mandaram um email há três semanas dizendo que vão depositar. Com o dinheiro em fundos estaduais, caberá a nós fazer os projetos — explicou Minc.
Rio está nos padrões, diz Minc
O secretário afirmou na terça-feira que o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) monitora diariamente as condições das águas do Rio Paraíba do Sul, e que nenhum dos poluentes encontrados no condomínio Volta Grande IV está acima do padrão no ponto de captação próximo à CSN:
— É certo que esses produtos contaminaram o solo e o lençol freático da região. Provavelmente uma parte pequena chega ao rio. Mas não significa que o Paraíba do Sul esteja envenenado. Não está — disse.
Em nota, a CSN informou que a licença ambiental para a construção do Volta Grande IV foi concedida pela antiga Feema (atual Inea) e que inexistem situações de perigo relacionadas às concentrações dos compostos.
A contaminação do solo no entorno da CSN por metais pesados atinge as águas do Rio Paraíba do Sul, que abastece a Região Metropolitana do Rio. E a empresa tem conhecimento dessa situação desde 2004, segundo informações de uma ação do Ministério Público Federal (MPF), de junho do ano passado. No documento, o procurador Rodrigo da Costa Lines sublinha que o dano ao Paraíba do Sul é “sumariamente comprovado” por meio de estudos realizados pelas empresas de consultoria ambiental Walterloo e Nickol, contratadas pela própria CSN. Na segunda-feira, o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, anunciou multa administrativa de R$ 35 milhões à siderúrgica de Volta Redonda, na região do Médio Paraíba


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