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Estado retoma projeto de transposição do Paraíba
Vista aérea do rio Paraíba do Sul, no trecho de Jacareí - Foto: Claudio Vieira
Proposta prevê pontos de captação em Guararema e Jacareí para reforçar abastecimento de S. Paulo
Xandu AlvesSão José dos Campos
O governo de São Paulo retomou o projeto de tirar água do rio Paraíba do Sul para abastecer a Região Metropolitana de São Paulo.
Hoje, em Taubaté, a Secretaria de Estado de Saneamento e Recursos Hídricos conduz um seminário para apresentar os resultados do Plano Diretor de Aproveitamento de Recursos Hídricos para a Macrometrópole Paulista, encomendado pelo Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica).
O evento será realizado na unidade do Sest Senat Taubaté, às 9h, na avenida Isauro Moreira, 125.
Seminários semelhantes foram feitos em São Paulo e Campinas, respectivamente ontem e anteontem.
Demanda.
Segundo a Secretaria de Saneamento, o principal objetivo do trabalho é apresentar propostas de ações para garantir o suprimento de água bruta para o abastecimento urbano, os usos industriais e o uso na irrigação em toda a metrópole, até o ano de 2035.
Atualmente a região utiliza cerca de 97% da água produzida internamente, o que "constitui um limite preocupante", informou a Secretaria de Saneamento.
Entre as alternativas apontadas no estudo, estão a transposição das águas do rio Paraíba do Sul em dois pontos: Guararema e no reservatório do Jaguari, na região de Jacareí.
Críticas.
Parte das águas do Jaguari seriam transpostas para a Bacia PCJ, dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí.
Na área de Guararema, as águas seriam direcionadas para a Bacia do Alto Tietê.
A medida foi criticada na Região Metropolitana do Vale do Paraíba. Especialistas projetam risco de escassez de água nas cidades com a transposição do rio Paraíba.
"Não sabemos ainda se o estudo é uma proposta fechada ou aberta a sugestões. Do jeito que está, há risco de faltar água na nossa região. É preocupante", afirmou o engenheiro Luiz Roberto Barretti, vice-presidente do Comitê das Bacias Hidrográficas do Rio Paraíba do Sul.
Segundo ele, o rio já fornece água para a Região Metropolitana do Rio de Janeiro e não suportaria a transposição para atender a demanda da capital.
"Há o risco de vivermos um período de escassez e de atrapalhar o desenvolvimento da região. A qualidade da água também poderia piorar."
Para a vereadora Renata Paiva (DEM), de São José, a região terá que organizar uma nova resistência contra a transposição do rio Paraíba.
"O governo estadual havia engavetado esse projeto e agora está retomando. Somos contra à transposição", disse.
O governo de São Paulo retomou o projeto de tirar água do rio Paraíba do Sul para abastecer a Região Metropolitana de São Paulo.
Hoje, em Taubaté, a Secretaria de Estado de Saneamento e Recursos Hídricos conduz um seminário para apresentar os resultados do Plano Diretor de Aproveitamento de Recursos Hídricos para a Macrometrópole Paulista, encomendado pelo Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica).
O evento será realizado na unidade do Sest Senat Taubaté, às 9h, na avenida Isauro Moreira, 125.
Seminários semelhantes foram feitos em São Paulo e Campinas, respectivamente ontem e anteontem.
Demanda.
Segundo a Secretaria de Saneamento, o principal objetivo do trabalho é apresentar propostas de ações para garantir o suprimento de água bruta para o abastecimento urbano, os usos industriais e o uso na irrigação em toda a metrópole, até o ano de 2035.
Atualmente a região utiliza cerca de 97% da água produzida internamente, o que "constitui um limite preocupante", informou a Secretaria de Saneamento.
Entre as alternativas apontadas no estudo, estão a transposição das águas do rio Paraíba do Sul em dois pontos: Guararema e no reservatório do Jaguari, na região de Jacareí.
Críticas.
Parte das águas do Jaguari seriam transpostas para a Bacia PCJ, dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí.
Na área de Guararema, as águas seriam direcionadas para a Bacia do Alto Tietê.
A medida foi criticada na Região Metropolitana do Vale do Paraíba. Especialistas projetam risco de escassez de água nas cidades com a transposição do rio Paraíba.
"Não sabemos ainda se o estudo é uma proposta fechada ou aberta a sugestões. Do jeito que está, há risco de faltar água na nossa região. É preocupante", afirmou o engenheiro Luiz Roberto Barretti, vice-presidente do Comitê das Bacias Hidrográficas do Rio Paraíba do Sul.
Segundo ele, o rio já fornece água para a Região Metropolitana do Rio de Janeiro e não suportaria a transposição para atender a demanda da capital.
"Há o risco de vivermos um período de escassez e de atrapalhar o desenvolvimento da região. A qualidade da água também poderia piorar."
Para a vereadora Renata Paiva (DEM), de São José, a região terá que organizar uma nova resistência contra a transposição do rio Paraíba.
"O governo estadual havia engavetado esse projeto e agora está retomando. Somos contra à transposição", disse.
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