terça-feira, 24 de setembro de 2013

Preservação do Rio Paraíba do Sul mobiliza manifestantes em Volta Redonda


Preservação do Rio Paraíba do Sul mobiliza manifestantes em Volta Redonda
Publicado em 23/09/2013, às 12h03 
Última atualização em 23/09/2013, às 16h33


Jair de Assis

Volta Redonda
Cerca de dez pessoas participaram, na manhã de hoje (23), de uma ação para preservação do Rio Paraíba do Sul na Ponte Pequetito Amorim, que liga os bairros Niterói e Aterrado, em Volta Redonda. Entre os manifestantes estavam representantes do MEP (Movimento Ética na Política) e da ONG Educa Mata Atlântica. Durante a mobilização eles abordaram pessoas que passavam pelo local e apontavam a importância do rio e os problemas por ele enfrentados.
De acordo com o participante do movimento José Maria, a data foi definida por se tratar do início da primavera. Ele destacou que 90% da mata ciliar do Rio Paraíba do Sul está destruída e ressaltou a importância de a população estar consciente.
- Nós aproveitamos que hoje é o início da primavera para realizar a ação de preservação do Paraíba, pois ele é de suma importância para a nossa vida. Atualmente apenas 10 % da mata ciliar do rio está preservada, sendo que não vemos ninguém tomar uma atitude para a conservação da mesma - apontou.
José ainda apontou que apesar de ser responsável pelo abastecimento da região Metropolitana do Rio e de mais de nove milhões de pessoas a situação dos esgotos in natura despejados no Paraíba são alarmantes. Ele comenta que a parte tratada do esgoto não é o mínimo do que se espera.
- O Paraíba é um rio federal que corta não só o Rio de Janeiro, mas também mais dois estados (São Paulo e Minas Gerais) e mesmo assim apenas 10% do esgoto que é despejado nele é tratado e isso é preocupante. O rio está contaminado com metais pesados, fertilizantes, detergentes e esgoto doméstico e industrial, são mais de 8.500 indústrias que ficam a margem do Paraíba. Tem que pensar que ele é responsável por abastecer mais de 9 milhões de residências e por isso é importante alertar a população - disse.
A ambientalista Rita de Souzza da ONG Educa Mata Atlântica explicou que essa é apenas a primeira de muitas ações que serão realizadas em Volta Redonda para a conscientização dos moradores. Ela destacou que mensalmente escolheram uma ponte do município para realizar a ação.
- A gente pretende levar a informação à população para ela mesma poder cuidar cada vez mais do rio Paraíba do Sul, que é um bem comum de todos os moradores daqui. É nossa obrigação fiscalizar o governo, pois ele tem que prestar contas do que esta fazendo para melhorar a situação do rio. Além disso, nós temos que melhorar a questão da educação ambiental tendo em vista o futuro do rio - falou.
Rita ressaltou que as ações não podem se restringir ao Paraíba e apontou que atualmente a cidade não está realizando o plano de resíduos sólidos que é exigido pelo governo federal. Ela comenta que as remediações do antigo lixão não estão acontecendo, o que pode prejudicar o município.
- Eu tenho que Volta Redonda ainda não está respeitando totalmente a lei de resíduos sólidos, pois não estão sendo realizadas as remediações do lixão de uma maneira efetiva. Outro ponto é que os equipamentos ainda não estão funcionando e isso é algo que prejudica a cidade - finalizou.
Moradores elogiam campanha
Os moradores de Volta Redonda que passavam pela Ponte no momento da manifestação elogiaram a ação. O idoso Alcino Ferreira citou que o rio é muito importante e por isso temos que cuidar dele para o futuro. Ele ainda ressaltou que a situação atual é tão crítica no Paraíba do Sul que pode ser encontrado qualquer tipo de coisa no rio, até mesmo cadáveres.
- Eu acho bom esse movimento, porque a gente depende do Paraíba para tomar banho, beber água e outras coisas. Hoje você acha tudo que é tipo de coisa no rio, sofá, cama, carro, bicicleta e até mesmo corpo eu já vi tirar daqui - contou.
A técnica em enfermagem Cecilia Teodoro também elogiou a ação que foi realizada na ponte Pequetito Amorim. Ela citou que se todos não passarem a realizar ações a situação ficará insustentável em pouco tempo.
- Foi uma novidade esse tipo de ação aqui, mas e preciso conservar, pois meus filhos e netos também vão precisar do Paraíba para sobreviver e se não fizermos nada a situação vai ficar bem difícil - finalizou


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