Publicado em 13/12/2013, às 20h24 | |
Última atualização em 13/12/2013, às 20h24 | |
Volta Redonda Parte do dinheiro arrecadado com as multas aplicadas na CSN pelo Inea (Instituto Estadual do Ambiente) será revertida para pagar os estudos que a Fiocruz (fundação Oswaldo Cruz) realizará com moradores do bairro Volta Grande IV. Além disso, um projeto de capacitação para servidores municipais que atuarão no caso será custeado pela mesma fonte de recursos. A informação foi passada pelo vereador José Jerônimo Telles (PSC), presidente da Comissão Especial de Acompanhamento do caso de contaminação do bairro. Jerônimo entrega nesta segunda-feira o relatório final contendo uma descrição das ações da comissão, que teve ainda Gemilson Sukinho (PSD) como relator e Paulo Baltazar (PRB) como membro. O texto foi apresentado aos demais vereadores na última sessão da semana passada, quando os trabalhos da comissão foram oficialmente encerrados. De acordo com Jerônimo, o balanço das ações é positivo e os objetivos propostos ainda no início de abril foram cumpridos. - Nosso foco principal sempre foram os moradores. Procuramos ouvir o que eles tinham para dizer e, como poder constituído, dar amplitude às reivindicações. Neste sentido, fomos bem sucedidos desde o início, logo após a divulgação do relatório do Inea sobre o caso - afirmou Jerônimo. O vereador ressaltou que em um primeiro momento foi cobrada uma postura mais respeitosa da SEA (Secretaria de Estado do Ambiente), que divulgou um relatório informando sobre a contaminação do bairro em uma coletiva realizada no Rio de Janeiro, sem conhecimento dos moradores e das autoridades municipais. - Nossa primeira atitude foi cobrar uma posição de respeito do Governo do Estado. Não podemos conceber, de forma alguma, que uma notícia de tamanha relevância seja dada sem nosso conhecimento prévio. Isso foi acatado e também serviu para estreitar os laços com a SEA e o Inea - explicou o parlamentar. Jerônimo destacou, no entanto, que o mais surpreendente foi constatar que não havia um estudo específico sobre a relação entre a contaminação e a saúde dos moradores. - Isso é inexplicável e era a principal reivindicação das pessoas que nos procuraram. Temos de saber de maneira minuciosa e concreta se esta contaminação afetou, afeta ou pode afetar os moradores. A partir daí outras decisões devem ser tomadas. Há dez anos houve a primeira constatação de contaminação e não é aceitável que este estudo não tenha sido feito ainda - disse. A partir das reuniões com a Secretaria de Estado do Ambiente, ficou acertado que a Fiocruz vai realizar tais estudos, através da Escola Nacional de Saúde Pública. O primeiro passo para o estudo ser realizado foi dado, a partir da montagem de um cadastro com os moradores do bairro. O levantamento foi feito pela Secretaria Municipal de Saúde e já validado pela Fiocruz. Com os recursos garantidos, os estudos serão realizados a partir do ano que vem, com prazo de até dois anos para serem concluídos. "Por isso, pedi aos vereadores que em dois anos retomemos nossos trabalhos de acompanhamento do caso. A partir do que apontar estes estudos os moradores podem novamente precisar de nossa atenção. Outra situação que mostramos no relatório é a necessidade de garantir os direitos coletivos e individuais dos moradores. Ao menor sinal de qualquer tipo de privação que eles eventualmente tenham, que possam reivindicar aquilo que achem de direito. Terão nosso apoio", disse Jerônimo. |
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